Quem somos nós quando estamos sós?
Certamente um jogo de truco sem blefe
Sem graça e amarrado.
Cheio de defeitos que só nós mesmos curtimos em nossa existência tendenciosa
Quando à caça, digo: Seja o blefe em pessoa, e sem culpa
É muito mais divertido
Fatal mas não por mal
Só nunca seja quem você realmente é
Não funciona, é balela; um mito.
Blefe sendo você mesmo, com personalidade, e se for pego
Não perderá mais do que uns tentos de razão
Em troca, saboreará pro resto da vida o gostinho de ter arriscado
Mas se o seu naipe é ve-e-mente
Ela nunca desconfiará que o cara da dama nas mãos
Na lábia tem o zap que a mantém no coração